A gestão de riscos é fundamental para a segurança dos processos e também das pessoas envolvidas. O sistema de gerenciamento de riscos operacionais da Anglo American, denominado ORM (Operational Risk Management) é divido em quatro camadas inter-relacionadas: 1) Identificação dos eventos indesejados prioritários (PUEs) que são obtidos através da análise e avaliação de riscos de toda a unidade; 2) Com foco em um tema específico através da metodologia Bow-tie, que identifica as causas, consequências e os controles associados aos eventos indesejados prioritários identificados; 3) Gerenciamento de risco de tarefas rotineiras ou não rotineiras e; 4) Gerenciamento de riscos individual contínuo.O foco desse trabalho será na camada 2 da gestão de risco, cujo objetivo é apresentar o projeto desenvolvido para a Gestão Digital de Controles Críticos (GDCC), uma solução web desenvolvida para aprimorar a visualização dos riscos críticos operacionais (PUEs) para as unidades de Níquel e Minério de Ferro. Os riscos críticos são avaliados através da ferramenta de Bow-tie, onde são identificadas as suas causas, as consequências e os controles, dentre eles os controles críticos, esses devem ser monitorados por um responsável e períodos definidos, uma falha de controle crítico tem o potencial de materialização do risco crítico, portanto o seu monitoramento precisar ser eficaz, confiável e visível. Os controles críticos atualmente são monitorados, porém registrados e disponibilizados apenas no final de cada mês e com a necessidade de uma inspeção nos locais demandando uma busca por informações, que estão dispersas em vários locais diferentes. Porém, as situações de risco acontecem ao longo do período, mas dessa forma não são visíveis ao nível executivo. A ferramenta do GDCC fornece subsídio para a tomada de decisão por meio de evidências e históricos que serão referências importantes para o nível executivo, sendo então um suporte para executar ações de mitigação e resolução de problemas. Para isso o GDCC captura as respostas dos monitoramentos diretamente nas fontes das informações de forma automatizada e/ou digitalizada, com leitura direta de sistemas operacionais como o PIMS, MES, SAP, QMS, etc, com um sistema de alerta para os respectivos responsáveis. Em paralelo estão sendo desenvolvidas também soluções para automatização de monitoramentos que ainda não apresentam essa condição, como por exemplo: Check List Digital; GeoInspector; Software de Gestão de Lockout/Tagout; Dispatch; dentre outros. A ferramente padroniza e centraliza informações, aumenta a visibilidade dos riscos em todos os níveis hierárquicos e tem o potencial de antecipar problemas operacionais e incidentes influenciando na tomada de decisão pró-ativa.