Os efeitos da pandemia provocada pelo Coronavirus (SARS-CoV-2) afetaram de forma significativa grande parte das atividades humanas em escala global. Sua alta taxa de transmissibilidade e a ausência de medidas terapeuticas eficientes antes da descoberta e do desenvolvimento de vacinas determinou a instauração de um cenário bastante complexo para o dia a dia das pessoas. Neste contexto, é conhecido que as atividades industriais também foram impactadas em função da presença do vírus, e diversas medidas foram tomadas pelas empresas para possibilitar a continuidade das operações de forma segura. De forma a contribuir para um melhor entendimento de quais poderiam ser as consequências em caso de contaminação da força de trabalho em uma dada instalação industrial, uma modelagem matemática estocástica foi desenvolvida com base no modelo SIR (Susceptible-Infected-Recovered) para avaliar o potencial de disseminação da doença ao longo do tempo. Tendo como referência escassas informações disponíveis na literatura à época da realização do estudo, foram definidas premissas relacionadas ao contágio, tais como probabilidade e severidade dos sintomas em caso de contaminação, bem como associadas às características da população em estudo (quantitativo de pessoas presentes na instalação por turno, número médio de interações entre elas, etc). Os resultados das simulações possibilitaram a visualização de como seria a evolução do número de contaminados ao longo do tempo após a possível contaminação de uma pessoa que hipoteticamente comporia a população em estudo (caso base), bem como este mesmo comportamento considerando a adoção de medidas redução de risco (como adoção de máscaras pela força de trabalho e redução do número presencial de pessoas no ativo analisado).